Al(fama) 23:30

A fama de Alfama é algo que não se percebe sem nunca ter ido lá.

Dantes, perdi-me muitas vezes naquelas ruas.

Deambulava, descobria um bocadinho de Lisboa que não se parece nada com ela.

Ou então, é mesmo ali que vive a verdadeira Lisboa, escondida entre muros brancos e vasos com sardinheiras. Encantada com a música que paira no ar e perdida em mil e uma ruinhas e ruelas que vão sempre dar a um recanto mais bonito que o anterior.

Há uns dias atras voltei lá, continuava a mesma.

O outro lado 00:07

O outro lado da sombra é a luz.

Sombras 15:48

Estão lá. Sempre lá.
Sempre que tiro uma fotografia, elas aparecem.
Alias, muitas vezes são elas que se impõe como condição para a fotografia ser tirada.
São um reflexo das coisas. Uma prova de que elas realmente existem.









Afinal coisa sem sombra, não é coisa.

Pele 00:46

Gosto de sentir a tua pele.
Sentir a pele. A tua. Com a minha.
Gosto de sentir a tua pele, na minha

Primavera 12:30

Hoje começou a primavera.

Regresso 16:27

O sol voltou.

Finalmente acedeu a dar-nos uma bocadinho de seu calor.

Um bocadinho de Azul 20:59

ESte domingo fui passear e vi um bocadinho de azul.

Bonito este bocadinho , não é?




(obrigado miguel, por me teres mostrado isto)

Sextas à noite 21:27

As noites às sextas.

As noites de sextas têm sempre algo de diferente.

É um comboio que chega, um sorriso que aparece.

Ás sextas à noite, mesmo quando o frio aperta, há corações quentes.

Noite 23:56

Gosto da noite.
E das luzes que brilham na escuridão.

Medo 23:47

De que tem medo o homem que caminha na linha do comboio?

Tarde fotográfica 22:56

Perdida numa tarde em que me disse:" Hoje vais tirar fotografias!!". Encontrei estas cenas. Diga-se de passagem que nessa tarde tirei apenas umas 4 fotografias. A cidade e as pessoas, às vezes olham-nos com olhos de quem não querem ser vistas e recordadas. Tirar fotografias nestas condições não é uma tarefa fácil.

Ainda assim valeu a pena. Gosto destas duas.

Um louco perdido no meio de uma cidade de cheia de gente. Solidão.




Olhar. Observar. Os outros e as nós próprios. Em Lisboa em 2003 ainda há quem perca tempo a olhar.

A minha história (e a do rapaz verde) 22:11

Saí á rua na mota.




Ia por uma carta no correio.




Encontrei o rapaz verde.




E fomos os dois á procura duma flor.




Comprámos os bilhetes.




Subimos as escadas




E perguntámos o caminho à sra árvore.




Depois começou o futebol.




E eu fiquei sozinha.