21 de dezembro de 2009

Uma recarga a cada mês


Voltar de um fim-de-semana em Sarilhos é sinónimo de muito cansaço e de um coração bem aconchegado.

13 de dezembro de 2009

Lista das coisas que adoro

2- Guiar com a música em altos berros e a estrada deserta.



E cantar, é claro.

15 de novembro de 2009

O tempo.... sempre o tempo




Na discussão da minha tese, perguntaram-me:
- E depois de tanto estudares sobre o Tempo, já aprendeste a lidar com ele?

Respondi que não, que sou uma pessoa que se perde no controlo do tempo.
E que a tentativa de me orientar no meio dele tinha sido o mais difícil.

....

Hoje, quando percorro as páginas do facebook dos amigos com os quais fui perdendo um contacto mais próximo, dou por mim a pensar que sem me dar conta, já não sei nada daquelas pessoas.
Vejo as fotografias dos meus primos, todos tão "crescidos" e a fazer tantas coisas, pergunto-me quando é que deixei de me lembrar dos aniversários deles, quando é que deixei de ansiar por ir à Guarda, quando é que me esqueci que também eles faziam parte da minha vida?

....

Hoje fui visitar a minha avó. Estava diferente desde a última vez que a tinha visto. Mais cansada, mais nervosa, mais velha. Acho que me habituei às rugas carregadas, às mãos com pele tão fina e seca que parece papel, aquele olhar meio nublado sempre acompanhado por um lamento. Sempre a conheci assim, mas hoje pela primeira vez em muito tempo, via envelhecer e perder forças à minha frente, a perder o pensamento quando falava comigo e a afastar-se devagarinho para outro lado. Assustou-me que finalmente, para mim e para ela, o tempo estivesse a passar.

....

Nestes últimos dias, o que eu mais queria era que o tempo andasse mais devagarinho.
Nem que fosse só um bocadinho.

14 de outubro de 2009

1/4 de século

11 de outubro de 2009

Corte de Cabelo

Cortei a franja.


Todos os dias tenho de ouvir os mesmos comentários de gozo acerca dela.
BLAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!

E se se fossem ver ao espelho e me deixassem em paz?

6 de outubro de 2009

Lista das coisas que adoro

1- Tardes de conversa ao som de martinis

1 de outubro de 2009

Lista das coisas que detesto

2 - Generalizações de qualquer género.

21 de setembro de 2009

São dois braços, servem para dar um abraço

Passeava na rua, havia festa e muita confusão. De repente há uma cara conhecida que se vislumbra. Um primeiro franzir de olhos e depois a confirmação - é mesmo ela.
Depois correria desenfreada. Um apertar do pescoço que teima em durar, mesmo depois do "Olá, estás boa! Então a passear na festa?", um sorriso espelhado dos dois lados do abraço.

Ontem à noite, duas crianças abraçaram-me como se não me vissem à anos. Mas só passaram dois meses...

Uma chama-se Andreia. Fez 9 anos à poucos dias.

Correu para mim assim que me viu na esplanada mas não se lembrava do meu nome. Lembra-se do que importa - dos dias que esteve connosco e da alegria que sentiu - e isso chega-lhe. Gritava em plena rua "Mãe! mãe! Ela esteve connosco lá com o pde João!" É a melhor maneira que tem para explicar à mãe que me conhece do campo de férias.
Juro que nunca vi uma miúda tão contente de lá estar.

Esta outra partilha o nome comigo. Conheço-a desde o 1º instante em que me viu e ainda pequenita (devia ter uns 7 ou 8 anos) se agarrou a mim.

Vi-a crescer devagarinho no meio de todos os seus problemas e a pouco e pouco ir desabrochando. Hoje fico orgulhosa quando a vejo conseguir safar-se.
Mas continua a dar-me nós na garganta de cada vez que se agarra a mim.
"Aninhas, aninhas, aninhas! Quando é que há tempos livres?"(A mesma pergunta de sempre) "Vais ver-me na procissão? Vá lá, para tirares uma fotografia comigo?" (nó na garganta)

Por mais que tente fazer-me difícil e armar-me em forte, estas crianças dão-me cabo do coração.
"Claro que vou Anita, claro que vou. Tiramos uma fotografia juntas está descansada."

Ontem recebi dois dos mais lindos abraços do mundo.

14 de setembro de 2009

Eu devia ter 15 anos

quando recortei este coração e o colei por cima do espelho no meu roupeiro. Na alturas as paredes do meu quarto tinham muito pouco espaço livre: estavam cobertas de montanhas de imagens e de fotografias, todas cuidadosamente escolhidas e alinhadas.

Não sei muito bem a razão porque escolhi aquele coração - o texto é um pouco forte como enfeite do quarto de uma adolescente destrambelhada - mas havia alguma coisa naquelas palavras que fazia sentido.
Só mais tarde e que dei conta que aquele era um fado da Amália e que estava na capa de uma revista porque nessa semana ela tinha morrido.
O fado é bonito mas gosto mais do coração.



Os outros papeis e fotografias que estavam no quarto nessa altura, já foram guardados.
Hoje tenho as paredes do quarto bem mais vazias.
O coração continua lá.

6 de setembro de 2009

O cérebro de um jovem arquitecto pensa:

4 de setembro de 2009

Lista das coisas que detesto

1- Gente que ouve música em volume alto nos transportes públicos


2 de setembro de 2009

Uns dizem que o caminho faz-se caminhando...


Todo pasa y todo queda,
pero lo nuestro es pasar,
pasar haciendo caminos,
caminos sobre el mar.

Nunca persequí la gloria,
ni dejar en la memoria
de los hombres mi canción;
yo amo los mundos sutiles,
ingrávidos y gentiles,
como pompas de jabón.

Me gusta verlos pintarse
de sol y grana, volar
bajo el cielo azul, temblar
súbitamente y quebrarse...

Nunca perseguí la gloria.

Caminante, son tus huellas
el camino y nada más;
caminante, no hay camino,
se hace camino al andar.

Al andar se hace camino
y al volver la vista atrás
se ve la senda que nunca
se ha de volver a pisar.


Caminante no hay camino
sino estelas en la mar...

Hace algún tiempo en ese lugar
donde hoy los bosques se visten de espinos
se oyó la voz de un poeta gritar
"Caminante no hay camino,
se hace camino al andar..."

Golpe a golpe, verso a verso...

Murió el poeta lejos del hogar.
Le cubre el polvo de un país vecino.
Al alejarse le vieron llorar.
"Caminante no hay camino,
se hace camino al andar..."


Golpe a golpe, verso a verso...

Cuando el jilguero no puede cantar.
Cuando el poeta es un peregrino,
cuando de nada nos sirve rezar.
"Caminante no hay camino,
se hace camino al andar..."



"Cantares" de António Machado

Mas outros dizem que...

Hoje fui trabalhar

Há uma sensação estranha quando voltas a casa depois de passar uns dias fora. Como o regressar depois de umas ferias ou o acabar de um grande projecto.



Quando tudo termina, voltas a casa e não reconheces nada à tua volta: a tua família é gente bizarra, o teu quarto uma coisa estranha (o que ajuda o facto de a tua mãe ter aproveitado a tua ausência para mudar tudo de sítio), e só reconheces a tua almofada porque na realidade não consegues dormir bem sem ela.

Passas o resto do dia a tirar a roupa suja da mala e a sacudir o pó dos sapatos. Juntas os papelinhos, os bilhetes e a recordações que guardaste pelo caminho.
Ligas o pc e revês as fotografias - ris-te delas e ainda mais dos videos - e desejas que toda a gente estivesse ali contigo para gozarem uns com os outros também.


Mas o que mais estranho de tudo é quando no dia seguinte segues a tua vidinha e ninguém à tua volta parece entender nada o que tu dizes.

Ninguém sabe do que falas quando gritas "Carrega Benfica!" ou percebe a piada de dizer "Me Deus" ou "Jasus dos Céus" a cada coisa esquisita que te aparece à frente.

Não há ninguém para concordar que "Aquele gajo é um bébe" ou para te acompanhar com um "muita nice". Ninguém sabe dizer "Vá lá... A sério" da maneira certa.

Ninguém para implicares quando não tens nada para fazer, ninguém para chamares poço de malvadez.

Ninguém te dá dicas de futebol em troca de dica de bom comportamento. E quem é que te acompanha quando vais dormir para o banco do jardim?


















Hoje fui trabalhar e estive quase sozinha no atelier
Foi um dia estranho...

1 de setembro de 2009

Agora a sério

De volta,


Com menos verde mas mais rosa

28 de maio de 2009

A gerência avisa

Vamos remodelar esta casa e prometemos retomar as actividades brevemente.
Até lá, fica o aviso: